terça-feira, 20 de maio de 2014

CONVERSAS DEPOIS DAS 6 - o palavrão








Terça depois das 18h, as pessoas foram chegando à biblioteca para se realizar mais uma vez, as "Conversas", e mais uma vez os encarregados de educação praticamente não compareceram.
Estivemos 12 professores e 2 encarregados de educação.
 Esta foi a última sessão e será necessário refletir sobre estas tentativas mal sucedidas. Tanto faz termos convidado todos os encarregados de educação, como apenas alguns.... o tamanho do universo não conta, o resultado é igual.
Há um desinteresse transversal.
 
A sessão realizou-se mesmo assim e foi mais uma vez muito interessante.
O tema "O palavrão" ocasionou a partilha de experiências e de histórias indescritíveis, proporcionando a gargalhada solta que tão bem sabe ao fim do dia.
Falou-se do palavrão dito em público, dito em privado e o que é, na verdade, o palavrão...
palavrão = a palavra grande, com grande significado????
:-)
Referiu-se a conotação negativa do palavrão,  associado normalmente ao sexo, a força das palavras em cada lugar, as questões geográficas e as questões culturais.
Analisou-se o palavrão associado ao gestual e ao perfil de cada um.
Contextualizou-se o palavrão na educação e no ensino, em casa e na escola, a intenção de ofender ou não, os limites aceitáveis na escola e na sala de aula, e a permissividade nas famílias.
Rimos e sorrimos.
Foi bom partilhar as nossas histórias.... todos as temos.
Certamente todos aprendemos e abrimos novos horizontes sobre conceitos antigos.
Apresento um agradecimento a todos que estiveram presentes.
Até sempre.
Anabela Quelhas





quarta-feira, 26 de março de 2014

CONVERSAS DEPOIS DAS 6 - a leitura

As Conversas depois das 6 tiveram como tema A LEITURA e foram um insucesso. 
Os insucessos também são para partilhar.
Esta atividade que tem como objetvo aproximar os pais à escola e aos problema educativos dos seus filhos, iniciou-se com sucesso com a temática A TELEVISÂO, e seguiu-se com OS JOGOS e desta vez alargou-se o universo de convidados para todos os pais e professores do agrupamento, para conversarmos sobre A LEITURA.
Reservou-se o espaço do auditório, melhorou-se o acompanhamento do chá, a equipa preparou o tema, divulgou-se por email, no conselho pedagógico, aqui no blog e afinal só se apresentou uma encarregada de educação.
É lamentável, algo falhou. Prefiro pensar que falhamos nós ou que as bolachas das sessões anteriores não eram deliciosas.
As conversas realizaram-se mesmo assim e foram bem interessantes .  Fomos tão poucas (sempre no feminino) que até deu para memorizar os nomes: Clara a mãe, Carla Azevedo, Carmo Quinteira que se apresentou com um bolo mármore delicioso, Silvina, Maria Manuel e eu já uma colecionadora veterana de alguns insucessos nestes contextos.
Falou-se das histórias infantis e da violência que muitas encerram, mesmo aquelas que são tradicionais.
Analisou-se o capuchinho vermelho e a historia dos 7 cabritinhos, reflectiu-se sobre o contraste da violência do conteúdo com a sensação de proteção quando se vive uma família com pai e mãe. 
Tentou-se descobrir os motivos porque os jovens não gostam de ler, e analisaram-se as idades problemáticas,em que eles se afastam dos livros. 
Trocaram-se leituras, rimos com Os transparentes de Ondjaki, a Silvina fez um apontamento de humor sobre "rotundar" e finalmente conversou-se sobre romance histórico e eu fiquei de sugerir obras que me encantaram sobre a história, convertendo-me numa leitora também de romance histórico, sem nunca ter gostado de história...

Aqui ficam as minhas sugestões para adultos: 

Várias obras de Juliette Benzoni:
"Fiora e Lourenço, o Magnífico"
"FIORA E CARLOS O TEMERÀRIO"
"A família" de Mário PuzoPapisa Joana de Donna W Cross
O Maçon de Viena de José Braga Gonçalves

Despeço-me, até um dia, não gosto de auditórios vazios. AQ












terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

CONVERSAS DEPOIS DAS 6 - jogos




 
Terminamos mais umas conversas depois das 6, desta vez subordinadas ao tema “Os Jogos”
Apareceram novos encarregados de educação e repetiu-se o ritual do chá, para tranquilizar e relaxar depois de um dia de trabalho.
Rapidamente se iniciou a conversa, graças à nossa “Carla Carlota” uma conversadora inteligente e simpática que rapidamente comunica com todos, criando um ambiente descontraído onde todos são e se sentem importantes.
Conversou-se sobre os jogos informáticos e os outros. No nosso tempo com era, como fazemos com os nossos filhos… afinal é útil jogar?
Divagamos sobre o compromisso da família para interagir e ajudar a orientação dos tempos livres dos jovens.
Quando os mais jovens já nascem a olhar para o computador?
Faz bem, faz mal? Deve-se proibir? Os míopes…
Em que idade eles podem começar a jogar?
Dá jeito eles estarem caladinhos a jogar enquanto fazemos as tarefas domesticas… Sabemos que eles estão ali.
Porque é que alguns gostam mais de brincar na rua? Porque outros alteram as horas de dormir para jogar durante a noite?
Eles querem jantar no quarto, eles aborrecem-se se lhes interrompemos a sua ação, eles respondem mal, eles perdem a noção do tempo…
Foi-se constatando que educar não é fácil e não há receitas, mesmo tendo uma psicóloga no grupo.
Cada criança ou jovem é um ser diferente e cada jogo também. Há jogos para diversas idades e também há regras ao nível do tempo que cada pai ou mãe deve impor na sua utilização.
Mas dá tanto jeito, eles estarem em casa sossegados!
O perigo da alienação que retira horas de sono e descanso, o excesso de tensão durante o jogo, a motivação para jogar mais e mais… foram questões abordadas no sentido de despertas as consciências. 
Levantou-se o véu das perguntas e da admiração, e surgiu a preocupação em muitos olhares.
- Eles jogam a dinheiro?
- O que é o pay shop?
- Eles levantam-se de noite para jogar?
- Eles chegam à escola cansados?
- Eles estão nas aulas com sono?
Hoje não éramos só mulheres, havia um representante do sexo masculino e falou. Falou bem e disse que iria regressar nas próximas vezes.
Voltamos no próximo mês. Agradeço a todos a vossa presença e participação. Na próxima, tragam um amigo também.
Nunca desistam!
Anabela Quelhas




 



terça-feira, 21 de janeiro de 2014

CONVERSAS DEPOIS DAS 6 - televisão












 Conversar depois das 6, parece fácil mas não é.
Depois das 6 (18h) todos nós queremos ir para casa tratar dos filhos, do jantar, terminar o dia  e preparar o dia seguinte. Até gostamos de conversar, mas… é preciso arranjar 2 horitas livres, e a nossa vida é tão ocupada!!!.
Pois foi esse o desafio que o Agrupamento de Escolas Morgado de Mateus fez a alguns encarregados de educação. Ir até à escola depois de aulas terminarem, para conversar. Para dar à lingua, para estar na treta com pessoas que nem se conhecem, mas que têm como denominador comum, os filhos. Podiam levar os filhos, mas a maioria não os levou e curiosamente só apareceram mulheres, as mães… as dinamizadoras também são mulheres. Então a conversa foi no feminino. É verdade! Venham os analistas e analisem.
Houve um tema de base para sustentar e orientar a conversa: a televisão.
E tudo começou com a projeção de um pequeno filme que retrata a alienação pela da televisão logo em tenra idade.
Serviu-se chá para acompanhar a conversa solta, que correu leve e fluente - as vantagens e os inconvenientes da televisão - a desatenção dos pais - a dificuldade em ocupar os filhos – a comodidade de não os aturar – o distanciamento familiar – a perturbação do silêncio – a dissonância entre os pais – a falta de tempo – a falta de paciência – o afastamento da família – a confusão do real e do virtual.
Contaram-se histórias, houve risos e sorrisos, receitas e pareceres, lógicas ilógicas de regras que resultam, e posturas certinhas que não surtem qualquer efeito.
A preocupação é transversal. A televisão em excesso prejudica as crianças e os jovens e… porque não os adultos? Podem perturbar o sono, alterar a noção da realidade, alterar os modelos de identificação, estimular a preguiça e a estática, dificultar a atenção e a concentração, alterar as relações familiares, …
O que fazer?